Minha doce Florbela, tinha uma alma tão parecida com a minha, só que ela soube transformar em rima, sua grande dor... me ensine Florbela, a rimar também minha sina... trasformar minha tristeza em versos de amor...
EU... Florbela Espanca
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que alguém sonhou.
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
há no tempo uma cantiga... ninguém sabe de onde vem, nem pra onde vai... há no vento um assovio, sai da boca de Deus... eu tento em frases traduzir a língua do universo... em vão... não há oração... eu só escrevo aquilo que me faz voar no espaço... a ilusão...
domingo, 22 de março de 2009
terça-feira, 17 de março de 2009
39#
Elis, eterna Elis
***
Elis Regina - Travessia
(M. Nascimento - F. Brant)
Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver
Forte eu sou, mas não tem jeito
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho pra falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar?
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der, não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar?
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
homenagem dupla
***
Elis Regina - Travessia
(M. Nascimento - F. Brant)
Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver
Forte eu sou, mas não tem jeito
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho pra falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar?
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der, não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar?
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
homenagem dupla
38#
hoje... o céu escureceu, seu azul límpido foi aos poucos, dando lugar ao tom pesado do chumbo, repentinamente, tudo se fechou... como não querendo acreditar, os trovões esbravejavam ferozmente, raios caíam na terra, e o dia revoltado chorou grossos pingos de chuva, ruas ficaram alagadas, rios transbordaram, congestionamentos se formaram, faltou energia, pessoas corriam, temendo a fúria dos céus, o caos se fez... choveu por horas, ininterruptamente... e aos poucos, como cansado de tanto lamento, feito alguém que chora tudo que tem para chorar, a chuva foi parando, o dia se fez tarde, a tarde se fez noite, com a noite veio a escuridão, e a calmaria de um "pós-chuva" era gritante... tudo gritava, não... não é verdade... a chuva parou, restaram pingos isolados, vento frio e inércia, tudo parecia a um quarto escuro, abandonado, como se alguém tivesse ido embora e deixado a porta aberta... para sempre... hoje o mundo está mais triste, pelo menos eu estou... estou com saudades, e essa dor dói demais... adeus
quarta-feira, 11 de março de 2009
37#
e eis que vou vivendo a vida, mesmo sem querer viver
acordar, levantar, trabalhar pra que?
estudar, conversar, rir, se entreter, pra que?
pra que abrir meus olhos se só há trevas no meu caminho?
pra que gritar se estou caindo num abismo sem fundo, sem chão...
pra que respirar se estou num oceano de angústia?
e eis que assim vou vivendo... obrigado Deus!
acordar, levantar, trabalhar pra que?
estudar, conversar, rir, se entreter, pra que?
pra que abrir meus olhos se só há trevas no meu caminho?
pra que gritar se estou caindo num abismo sem fundo, sem chão...
pra que respirar se estou num oceano de angústia?
e eis que assim vou vivendo... obrigado Deus!
terça-feira, 10 de março de 2009
36#
como se pode amar alguém
e esse alguém não corresponder
como se pode querer alguém
e esse alguém já ter um dono
como se pode pensar nessa pessoa 24 horas
emprestar meus dias, viver horas amargas
é como se a cada tic-tac
o relógio pronunciasse cada sílaba de seu nome
perto desse alguém, eu sou ninguém
como resistir?
vivo a expectativa do amanhã
como se o amanhã talvez seja melhor que hoje
como se de repente tudo mudasse amanhã
como se amanhã eu acordasse
como se amanhã esse alguém despertasse
ao meu lado.
e esse alguém não corresponder
como se pode querer alguém
e esse alguém já ter um dono
como se pode pensar nessa pessoa 24 horas
emprestar meus dias, viver horas amargas
é como se a cada tic-tac
o relógio pronunciasse cada sílaba de seu nome
perto desse alguém, eu sou ninguém
como resistir?
vivo a expectativa do amanhã
como se o amanhã talvez seja melhor que hoje
como se de repente tudo mudasse amanhã
como se amanhã eu acordasse
como se amanhã esse alguém despertasse
ao meu lado.
domingo, 8 de março de 2009
35#
sabe, isso já faz cinco anos... comprei um cd pra você, uma caixinha e um cartão, vi-o na vitrine, ele brilhou para mim, sei que o adoraria... chico buarque, edu lobo e o teatro mágico... no cartão de aniversário estava escrito muitos "eu te amo", a caixinha tinha por estampa uma gravura de da vinci, bela moça... embalei o cd num papel de seda branco, coloquei-o na caixa, escrevi belas palavras em seu encarte e, para completar, no cartão também... no entanto, nunca te entreguei, selei o presente no criado mudo, pelo menos ele não dirá à ninguém que fracassei... toda vez que quero me lembrar de você, abro a gaveta, abro o cartão, abro a caixa, abro o cd, abro meu coração... fecho os olhos e abro a janela do passado...
34#
se me ponho a pensar em ti, meus olhos já começam a ficar marejados, não sei porque tanta tristeza em meu olhar, já não consigo reter as lágrimas, pois, sei que jamais me olharás de outro modo. não consigo gostar de outro alguém, bem que eu queria, mas não é assim que funciona... vejos os casais trocando carícias... por um momento, me imagino do teu lado, passando as mãos em teus cabelos, tocando de leve teus lábios, você a me chamar de meu bem, e eu te chamando de meu anjo... por que isso é impossível, será que sou eu que o torna assim? só sei que os dias passaram, eu passei por você, você passou por mim, e apesar de opostos, nos repelimos...
33#
se enxergo com teus olhos, você os fecha
se abraço com teus braços, você os cruza
se caminho com tuas pernas, você desanda
se falo com teus lábios, você emudece
se respiro com os teus pulmões, você para de respirar
se choro com tuas lágrimas, você as reprime
se sonho com teus sonhos, você os torna pesadelos
por favor, não faças isso...
pois curo minha dor com o teu olhar,
com os teus abraços,
com os teus lábios,
com as tuas alegrias,
com as tuas expectativas,
com os teus sonhos,
sinto que já não sou eu quem escreve aqui
sou você,
e só você me ignora
porque enquanto eu faço parte de ti
não fazes parte de mim
não sabes que é por você
que conto os dias,
as horas,
cada segundo sem tua presença
são bilhões e bilhões
de lágrimas contidas
de tristeza
de profunda melancolia
de medo e incerteza
parece que estou no lado escuro da lua
e quando me recordo do teu olhar
meus olhos doem,
como se estivesse vendo o sol pela primeira vez
teu sorriso, minha afrodite do espaço
se abre para mim,
como a dança cósmica das horas
posso te oferecer, se quiser
os mais belos anéis de saturno
brincos das luas de júpiter
gargantilhas da constelação de andromeda
aceite...
se abraço com teus braços, você os cruza
se caminho com tuas pernas, você desanda
se falo com teus lábios, você emudece
se respiro com os teus pulmões, você para de respirar
se choro com tuas lágrimas, você as reprime
se sonho com teus sonhos, você os torna pesadelos
por favor, não faças isso...
pois curo minha dor com o teu olhar,
com os teus abraços,
com os teus lábios,
com as tuas alegrias,
com as tuas expectativas,
com os teus sonhos,
sinto que já não sou eu quem escreve aqui
sou você,
e só você me ignora
porque enquanto eu faço parte de ti
não fazes parte de mim
não sabes que é por você
que conto os dias,
as horas,
cada segundo sem tua presença
são bilhões e bilhões
de lágrimas contidas
de tristeza
de profunda melancolia
de medo e incerteza
parece que estou no lado escuro da lua
e quando me recordo do teu olhar
meus olhos doem,
como se estivesse vendo o sol pela primeira vez
teu sorriso, minha afrodite do espaço
se abre para mim,
como a dança cósmica das horas
posso te oferecer, se quiser
os mais belos anéis de saturno
brincos das luas de júpiter
gargantilhas da constelação de andromeda
aceite...
Assinar:
Postagens (Atom)