Nunca postei um vídeo aqui no blog... artifício muito moderno para um espaço tão antiquado e triste... mas me senti tentado a fazer isso, pois estou tomado por esta música... rainbow cafe, composta e cantada pela artista pauline kollynen...
o que encontrar no fim de um arco-íris? talvez um café, um bar... uma boa dose de um amargo conhaque... cenário ideal para esquecer...
há no tempo uma cantiga... ninguém sabe de onde vem, nem pra onde vai... há no vento um assovio, sai da boca de Deus... eu tento em frases traduzir a língua do universo... em vão... não há oração... eu só escrevo aquilo que me faz voar no espaço... a ilusão...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
46#
Como sempre, cantando velhas cantigas, chorando velhas intrigas, mágoas de outrora, passado que é sempre presente e o futuro que é sempre ausente...
meus olhos míopes sem os óculos da razão, lágrimas do coração, brotam a todo instante, palavras cortantes, soluços de dor, cansado de amar sem amor...
por mais que eu tente regar, meu coração nunca mais será um jardim florido, é um terreno baldio, onde despejastes teus entulhos, sufocou os lírios, quebrou as rosas, secou os antúrios, os copos-de-leite, escureceram, as margaridas mirraram, nem a grama voltou a crescer...
pensas... essa praça que já teve meu nome, hoje se chama solidão, nela jaz um coração, sob uma lápide e um céu horrendo...
vou vivendo, vou morrendo, vou andando... caminhando, rimando, amor com dor...
meus olhos míopes sem os óculos da razão, lágrimas do coração, brotam a todo instante, palavras cortantes, soluços de dor, cansado de amar sem amor...
por mais que eu tente regar, meu coração nunca mais será um jardim florido, é um terreno baldio, onde despejastes teus entulhos, sufocou os lírios, quebrou as rosas, secou os antúrios, os copos-de-leite, escureceram, as margaridas mirraram, nem a grama voltou a crescer...
pensas... essa praça que já teve meu nome, hoje se chama solidão, nela jaz um coração, sob uma lápide e um céu horrendo...
vou vivendo, vou morrendo, vou andando... caminhando, rimando, amor com dor...
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
45#
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
44#
Cantiga para não morrer...
Quando você se for embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
Ferreira Gullar in De Dentro da Noite Veloz (1962-1975)
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