há no tempo uma cantiga... ninguém sabe de onde vem, nem pra onde vai... há no vento um assovio, sai da boca de Deus... eu tento em frases traduzir a língua do universo... em vão... não há oração... eu só escrevo aquilo que me faz voar no espaço... a ilusão...
terça-feira, 17 de março de 2009
38#
hoje... o céu escureceu, seu azul límpido foi aos poucos, dando lugar ao tom pesado do chumbo, repentinamente, tudo se fechou... como não querendo acreditar, os trovões esbravejavam ferozmente, raios caíam na terra, e o dia revoltado chorou grossos pingos de chuva, ruas ficaram alagadas, rios transbordaram, congestionamentos se formaram, faltou energia, pessoas corriam, temendo a fúria dos céus, o caos se fez... choveu por horas, ininterruptamente... e aos poucos, como cansado de tanto lamento, feito alguém que chora tudo que tem para chorar, a chuva foi parando, o dia se fez tarde, a tarde se fez noite, com a noite veio a escuridão, e a calmaria de um "pós-chuva" era gritante... tudo gritava, não... não é verdade... a chuva parou, restaram pingos isolados, vento frio e inércia, tudo parecia a um quarto escuro, abandonado, como se alguém tivesse ido embora e deixado a porta aberta... para sempre... hoje o mundo está mais triste, pelo menos eu estou... estou com saudades, e essa dor dói demais... adeus
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