quarta-feira, 23 de setembro de 2009

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Como sempre, cantando velhas cantigas, chorando velhas intrigas, mágoas de outrora, passado que é sempre presente e o futuro que é sempre ausente...

meus olhos míopes sem os óculos da razão, lágrimas do coração, brotam a todo instante, palavras cortantes, soluços de dor, cansado de amar sem amor...

por mais que eu tente regar, meu coração nunca mais será um jardim florido, é um terreno baldio, onde despejastes teus entulhos, sufocou os lírios, quebrou as rosas, secou os antúrios, os copos-de-leite, escureceram, as margaridas mirraram, nem a grama voltou a crescer...

pensas... essa praça que já teve meu nome, hoje se chama solidão, nela jaz um coração, sob uma lápide e um céu horrendo...

vou vivendo, vou morrendo, vou andando... caminhando, rimando, amor com dor...

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