sábado, 19 de junho de 2010

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um amigo me contou, que em uma de suas visitas a um país distante, ele se encantou com a tamanha beleza das montanhas, dos vales, das ruas estreitas de pedras, dos vilarejos perdidos no interior do país... com a beleza de lugares parados no tempo... ele se defrontou com imensas construções, palácios requintados, fachadas adornadas com esculturas, relevos, portas suntuosas, janelas que se debruçavam para a rua... contou-me ele que um dia, já cansado por tanto andar pelos caminhos do Reino de Além-mar, avistou no alto de uma montanha, uma construção simplória, um castelo medieval, uma edificação que ele me deu conhecimento como caixotão (sic)... já estava, o meu amigo, ofegante, cansado, arfando de calor, ele pensou, o que haveria de interessante naquela construção, feia, rústica, arquitetura sólida, rochosa... ele, cujo olhos havia presenciado tanta beleza, tanta graça... estava tentado em desvendar o segredo do velho castelo... mesmo cansado, subiu a montanha... e aos poucos, foi chegando na velha porta que dava acesso ao interior da construção... da porta pra fora... não havia surpresa... era exatamente como ele havia me detalhado... porém, ao atravessar a porta... boquiaberto, ainda com emoção, ele relatou que não havia visto nada igual em toda a sua vida... fica até difícil para mim reproduzir o entusiasmo e as palavras usadas por ele para descrever a beleza do interior do castelo... meu amigo me disse que havia em todas as paredes da edificação, revestindo-as, uma espécie de biscuit formando desenhos riquíssimos, como floreios, rendas, algo parecido... no meio do castelo havia um jardim interno, com fontes e palmeiras, todo ele se abria para este átrio... no chão, pequenos dutos transportavam água, refrescando o ambiente... grandes colunas em forma de palmeiras se uniam formando arcos... e assim sustentando toda a estrutura da construção... ele ficou maravilhado e surpreso... e feliz, digo eu, por ter descoberto esta rara beleza... ele me disse, que o castelo havia sido construído por um povo muito antigo, um povo que valorizava em demasia a beleza interior... isso explicava a simplicidade da fachada e a beleza que se guardava atrás da porta... precisa falar mais alguma coisa?

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